Árbitro Moderno 2022


               


              A evolução do esporte, futebol, nas últimas décadas, caracterizados por ganho de força, velocidade, agilidade e resistência em termos físicos; maior poder de marcação, diminuição dos espaços, maior contato físico no aspecto tático, elevou o nível de exigência dos envolvidos. Equipes multidisciplinares compostas por preparadores físicos, psicólogos, técnicos, médicos, fisioterapeutas atuam nos clubes e agremiações. Para o árbitro, acompanhar a evolução, modernizar-se é preciso, adaptar toda sua preparação à nova realidade que o futebol vem apresentando.
O árbitro normalmente leva em consideração o comportamento do técnico, dos atletas e de todos os envolvidos na partida, inicialmente se mostram calmos e pacíficos, contudo quando o placar se modifica ou uma das equipes precisa da vitória, os ânimos tendem ficar exaltados, e os comportamentos a se modificar.
 A sua preparação psicológica é reconhecida como importante para que possa lidar com as situações de jogo de forma equilibrada e tranquila. O perfil psicológico do ser humano árbitro e o seu padrão de comportamento em situações de pressão e estresse devem ser consideradas.
              Existe ainda a sua postura fora de campo, um padrão de conduta/comportamento que precisa ser observado e faz parte de sua educação, de sua formação pessoal.
O árbitro, para dirigir a partida, precisa apresentar controle emocional em suas ações principalmente ligadas ao processo de tomadas de decisão presentes durante todo o jogo.
 É de sua competência o domínio da regra e da técnica de arbitragem que incluem: comunicação verbal e não verbal (refletida no gestual); adequado deslocamento e posicionamento com a bola em jogo e fora de jogo (aspectos técnico e físico); atuação decisiva na perspectiva da não geração do conflito ou contenção da violência em campo (aspecto disciplinar); preservação do espírito do jogo; demonstração de segurança, serenidade e calma, bom condicionamento físico e preparo psicológico.
                 Para garantir bom desempenho em seu ofício, são recomendados aos árbitros, posicionamentos adequados com a bola em jogo (deslocamento em diagonal, à esquerda e atrás da bola) e fora de jogo (tiro de saída, de canto, de meta, tiros livres direto e indireto, arremesso lateral), contato visual com os assistentes, além do gestual claro sobre o que foi marcado e para quem é a ação, além do uso adequado do apito e dos cartões.
 A postura em campo denuncia o conhecimento relativo à aplicação técnica e ao domínio da parte disciplinar quando: aplica os cartões na hora certa, inibe conflitos com sua presença, evita o agarra-agarra na área de meta, age com rigor quando necessário.
São tarefas dos árbitros assistentes previstas na regra: os deslocamentos frontais e laterais, uso da bandeira, sendo de sua competência marcar tiros de canto ou de meta em sua área de atuação, faltas próximas, laterais e impedimentos.
                  Atualmente se recomenda aos árbitros que realizem treinamento físico e técnico, considerando a previsão de testes que enfatizam estas competências, sendo estes testes credenciais para continuar ou não, sendo relacionados para as designações das partidas.

                    Na competência técnica estão incluídos o conhecimento e a compreensão das regras do jogo, constantes em livro de regras de futebol 2020 editado e atualizado de maneira uniforme, pois a compreensão e o pleno domínio das regras do jogo devem ser de entendimento comum a todos os praticantes da modalidade, principalmente ao árbitro, que é o responsável por fazer cumprir a regra. 

                   Sobre a competência física, se elevou o nível de exigência da preparação física para se conduzir uma partida de futebol moderno. Considerando que, para conduzir uma partida o árbitro corre entre doze e quatorze km, parece imprescindível a atenção aos componentes da condição física do árbitro que, estando bem fisicamente, sente diminuídas as possibilidades de decisões equivocadas aliadas aos outros pilares. A necessidade de estar bem fisicamente parece ser unanimidade entre os estudiosos. A competência física vem sendo trabalhada e está se adequando às exigências incorporadas ao futebol moderno, no blog você encontra treinos que ajudam nesse processo, pois as exigências aumentaram, haja vista que o árbitro precisa realmente correr mais para acompanhar a dinâmica dos jogos; o que ainda é falho é o sistema institucional de apoio e acompanhamento no treinamento, cabendo à iniciativa pessoal.

                   A competência mental está diretamente ligada à (comportamento) tomada de decisão em campo, onde a intervenção do árbitro é fundamental. Não nos damos conta da quantidade de decisões rotineiras que tomamos diariamente. Para o árbitro, lidar com decisões antes, durante e após a partida de futebol, faz parte de sua rotina de trabalho.
As nossas decisões têm consequências e envolvem riscos, mas, uma vez processada a escolha não há volta. Por causa disto, o processo de tomada de decisão é importantíssimo.
O árbitro de futebol, que toma várias decisões por minuto dentro do jogo, precisa se valer de um preparo mental que lhe permita combater estas manifestações, lidar com o estresse, pressões, chegar ao final do jogo com a serenidade, a calma e o equilíbrio para as decisões que ainda terão de ser tomadas. O acerto vai depender exatamente da preparação realizada com antecedência e aqui no blog você encontrar algumas dicas e ferramentas que auxiliam para uma maior compreensão do pilar mental para o árbitro.

                  Sendo uma pessoa pública, o árbitro precisa de competência social: saber que há dificuldades a vencer, que vai precisar administrar a vida em família, administrando a falta em casa, e também nos lugares que ele frequenta. No desenvolvimento da carreira do árbitro, uma das principais características observadas e necessárias é a autonomia. Desde o início de sua carreira ele gerencia sozinho todas as questões: a preparação física, a preparação técnica e a psicológica, envolvendo o social. Atualmente, o árbitro tem consciência de que necessita de uma equipe multidisciplinar para assessorar no desenvolvimento de sua carreira. Contudo, como é de sua responsabilidade o gerenciamento de sua própria carreira, ele nem sempre consegue contar com esta equipe caso não seja do quadro nacional ou internacional.



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